Já entrei naquela fase em que todos os anos algum(a) dos(as) meus(minhas) amigos(as) se casa. Nada contra! Adoro as festas! Adoro o simbolismo! E desejo a todos eles as maiores felicidades! Mas logo a seguir surge a pergunta:
"Quem é o próximo a casar?"
E lá começa a batata quente a saltitar de cadeira em cadeira, como se fosse uma pergunta com rasteira, ou se depois da resposta dada existisse uma obrigatoriedade: "Ah e tal ainda é cedo", "ah e tal talvez daqui a uns anos", "ah e tal agora não dá jeito", "ah e tal não sou muito a favor de casamento".
Qualquer das formas o medo surge na cara dos já casados quando surge a segunda pergunta (and my favourite):
"E agora, quando nasce a criança?"
Ai, adoro perguntar isto. É vê-los quase a suar, como se tivessem uma bomba nas mãos que fosse rebentar a qualquer momento.
Estas questões não são mais que "small talk" com uma provocação à mistura. É giro porque logo a seguir começam as apostas. Eu sei, qualquer dia vira-se o feitiço contra o feiticeiro, mas não deixa de ter piada. :D
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Rabiscos
É tão difícil escrever cartas de despedida, grrr... São tantas coisas que quero dizer, tantos agradecimentos, tantos conselhos e avisos... Raios!
Sem rede
Há muito que desejava, e agora surgiu a oportunidade. Vou finalmente cortar as cordas que me ligavam àquela que foi a minha segunda casa durante os últimos anos.
Custa-me saber que vou deixar os meus meninos, custa-me deixar o projecto que acompanhei desde o início. Passei tantas horas nesta casa... Que vai ser de mim sem estas paredes brancas? :P
Era algo que ansiava há muito tempo, cortar as amarras e partir, mas agora que isso vai acontecer fico angustiada. Será que vou ser capaz de cumprir com as expectativas, sobretudo com as minhas? Ansiedade e receio estão presentes a cada instante, mas sei que é normal. Mas porque custa tanto? Faz parte da vida a mudança, e só faltava eu mudar.
Não estou a ser negativa, apenas prefiro esperar pelo pior e não ser apanhada desprevenida. Tive bons mestres, que me ensinaram muita coisa e que acima de tudo sempre acreditaram em mim.
Mas agora estou sozinha, sem rede de segurança.
Custa-me saber que vou deixar os meus meninos, custa-me deixar o projecto que acompanhei desde o início. Passei tantas horas nesta casa... Que vai ser de mim sem estas paredes brancas? :P
Era algo que ansiava há muito tempo, cortar as amarras e partir, mas agora que isso vai acontecer fico angustiada. Será que vou ser capaz de cumprir com as expectativas, sobretudo com as minhas? Ansiedade e receio estão presentes a cada instante, mas sei que é normal. Mas porque custa tanto? Faz parte da vida a mudança, e só faltava eu mudar.
Não estou a ser negativa, apenas prefiro esperar pelo pior e não ser apanhada desprevenida. Tive bons mestres, que me ensinaram muita coisa e que acima de tudo sempre acreditaram em mim.
Mas agora estou sozinha, sem rede de segurança.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Acima de tudo ELEGANTE :D
Ontem um amigo disse-me ter visto este livro na FNAC. Não pude deixar de rir :D
Mas calma, as caminhadas continuam, e 1kg já desapareceu... LOL
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Solução
2010 tem sido um ano negro. Não que a vida me esteja a correr mal, corre serenamente como sempre. Mas tem sido um ano de wake up call. Várias pessoas desapareceram fisicamente da minha vida, duas delas tiveram um forte impacto naquilo que sou hoje.
Num dia em que só se fala da morte do actor e encenador António Feio, relembro essas pessoas que partiram. Talvez por ter sido pelo mesmo motivo.
Dizer: "custa, mas já se estava à espera" não chega. A dor é grande demais, seja qual for a idade ou a circunstância. Mesmo que a distância tenha marcado uma relação, a morte é definitiva.
No velório e funeral da minha avó pensei muito, mas de forma prática. Não vale a pena querer fazer tudo, ser a melhor em..., preocupar-nos com os problemas em demasia... Eles existem, e nós temos objectivos de vida, vontades... mas para tudo há solução. Menos para a morte.
"Carpe diem" é mais um cliché, e talvez por isso tenha perdido importância, mas temos que mudar isso. Não basta ser positivo, ainda que ajude, não é garantia. Mas será que vale a pena perder o meu tempo a pensar naquilo que não consigo fazer, nas pessoas que não gostam de mim, nas dores de cabeça da vida? Se calhar não...
Não estou com isto a querer dizer que nos devemos desleixar para a vida! NADA DISSO! Digo apenas que devemos aceitar os problemas que vão surgindo de uma forma serena, procurando soluções, mas sem descurar o que é mais importante.
Voltando ao caso da pessoa que me era mais próxima, a minha avó. A doença não tinha solução, no sentido em que não havia esperanças de cura. Mas havia uma solução, proporcionar o maior conforto possível. O mais importante: dar-lhe carinho, desde palavras de incentivo a uma festinha na mão nas últimas horas.
O choque depois da morte (sobretudo quando as pessoas desaparecem de um momento para o outro) é tremendo, mas a dor é pior. E não vale a pena repeli-la. Temos que aceitar a dor, ainda que durante um tempo nos deite abaixo. Porque aceitar é meio caminho para seguir em frente.
Esta dor é a única a que não conseguimos nos escapar, e para a qual não há solução. Vai estar sempre presente.
Num dia em que só se fala da morte do actor e encenador António Feio, relembro essas pessoas que partiram. Talvez por ter sido pelo mesmo motivo.
Dizer: "custa, mas já se estava à espera" não chega. A dor é grande demais, seja qual for a idade ou a circunstância. Mesmo que a distância tenha marcado uma relação, a morte é definitiva.
No velório e funeral da minha avó pensei muito, mas de forma prática. Não vale a pena querer fazer tudo, ser a melhor em..., preocupar-nos com os problemas em demasia... Eles existem, e nós temos objectivos de vida, vontades... mas para tudo há solução. Menos para a morte.
"Carpe diem" é mais um cliché, e talvez por isso tenha perdido importância, mas temos que mudar isso. Não basta ser positivo, ainda que ajude, não é garantia. Mas será que vale a pena perder o meu tempo a pensar naquilo que não consigo fazer, nas pessoas que não gostam de mim, nas dores de cabeça da vida? Se calhar não...
Não estou com isto a querer dizer que nos devemos desleixar para a vida! NADA DISSO! Digo apenas que devemos aceitar os problemas que vão surgindo de uma forma serena, procurando soluções, mas sem descurar o que é mais importante.
Voltando ao caso da pessoa que me era mais próxima, a minha avó. A doença não tinha solução, no sentido em que não havia esperanças de cura. Mas havia uma solução, proporcionar o maior conforto possível. O mais importante: dar-lhe carinho, desde palavras de incentivo a uma festinha na mão nas últimas horas.
O choque depois da morte (sobretudo quando as pessoas desaparecem de um momento para o outro) é tremendo, mas a dor é pior. E não vale a pena repeli-la. Temos que aceitar a dor, ainda que durante um tempo nos deite abaixo. Porque aceitar é meio caminho para seguir em frente.
Esta dor é a única a que não conseguimos nos escapar, e para a qual não há solução. Vai estar sempre presente.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Carta ao meu anjo Maria
Retirei há pouco este post por pensar que se calhar seria demasiado privado, mas cheguei à conclusão que apesar de ser muito pessoal é uma homenagem a uma das pessoas mais importantes da minha vida.
E hoje, por ser o dia que é, merece a minha homenagem:
"Faz um mês que partiste.
Apesar da maleitas próprias da idade desapareceste rápido demais. Dói pensar que ainda sofreste, mas fico com o coração mais apaziguado saber que foi por pouco tempo.
Não sou católica, há muito que o deixei de ser. Mas não deixo de pensar no facto de teres partido no dia de São Pedro. Dia de grande festa na tua aldeia, dia em que conseguias reunir quase a família toda. Infelizmente desta vez reuniste mesmo a família toda, mas para nos despedirmos de ti e relembrarmos a mãe, a avó, a bisavó, a tia, a irmã, a prima, a sogra que foste.
Como uma das minhas tias disse nesse dia: "São Pedro acompanhou-a neste momento".
Como o meu "noivo" me disse, é preferível guardar na lembrança as boas imagens e não as do leito da morte. E é assim que te lembro. Sentada junto à casa, a falar com os vizinhos, a tomar conta dos netos e da bisneta. A "empanturrar-me" perguntando sempre que estava ao pé de ti se "queria comer"...
Apesar de pobre de carteira tinhas um riqueza de espírito muito grande. De coração sempre aberto, recebias qualquer pessoa na tua casa. Não julgavas sem razão, e rezavas por todos aqueles que te eram queridos.
Sei que não sou, nem nunca fui a neta mais meiga, mas sinto por ti um grande amor. Recordo-me particularmente de pequenos momentos:
- Pedires-me para te lavar os pés, e ficares muito agradecida por o fazer... "Que Deus te guarde!" repetias...
- De pegares na Inês ao colo, apesar de já te ser difícil, e parecer que o "toque de mãe" continua lá presente.
- De me dizeres: "Fiquei muito feliz por levares o teu "noivo" lá a casa." Esta frase deixou-me comovida, porque com um gesto que para mim seria sempre óbvio, consegui deixar a minha avozinha mesmo feliz. Mostrei a casa que apesar de estar quase abandonada foi o local onde criou honestamente 7 filhos e cuidou de uns quantos netos.
Só tenho pena que os meus futuros filhos não conheçam a "Bibó", mas irei dizer-lhes quem foi a minha avó, e espero passar os mesmos valores que ela passou aos seus filhos e netos. E que eles, tal como eu, temos um anjo que nos acompanha e protege: o nosso Anjo Maria. :)
Descanse (finalmente) em paz."
E hoje, por ser o dia que é, merece a minha homenagem:
"Faz um mês que partiste.
Apesar da maleitas próprias da idade desapareceste rápido demais. Dói pensar que ainda sofreste, mas fico com o coração mais apaziguado saber que foi por pouco tempo.
Não sou católica, há muito que o deixei de ser. Mas não deixo de pensar no facto de teres partido no dia de São Pedro. Dia de grande festa na tua aldeia, dia em que conseguias reunir quase a família toda. Infelizmente desta vez reuniste mesmo a família toda, mas para nos despedirmos de ti e relembrarmos a mãe, a avó, a bisavó, a tia, a irmã, a prima, a sogra que foste.
Como uma das minhas tias disse nesse dia: "São Pedro acompanhou-a neste momento".
Como o meu "noivo" me disse, é preferível guardar na lembrança as boas imagens e não as do leito da morte. E é assim que te lembro. Sentada junto à casa, a falar com os vizinhos, a tomar conta dos netos e da bisneta. A "empanturrar-me" perguntando sempre que estava ao pé de ti se "queria comer"...
Apesar de pobre de carteira tinhas um riqueza de espírito muito grande. De coração sempre aberto, recebias qualquer pessoa na tua casa. Não julgavas sem razão, e rezavas por todos aqueles que te eram queridos.
Sei que não sou, nem nunca fui a neta mais meiga, mas sinto por ti um grande amor. Recordo-me particularmente de pequenos momentos:
- Pedires-me para te lavar os pés, e ficares muito agradecida por o fazer... "Que Deus te guarde!" repetias...
- De pegares na Inês ao colo, apesar de já te ser difícil, e parecer que o "toque de mãe" continua lá presente.
- De me dizeres: "Fiquei muito feliz por levares o teu "noivo" lá a casa." Esta frase deixou-me comovida, porque com um gesto que para mim seria sempre óbvio, consegui deixar a minha avozinha mesmo feliz. Mostrei a casa que apesar de estar quase abandonada foi o local onde criou honestamente 7 filhos e cuidou de uns quantos netos.
Só tenho pena que os meus futuros filhos não conheçam a "Bibó", mas irei dizer-lhes quem foi a minha avó, e espero passar os mesmos valores que ela passou aos seus filhos e netos. E que eles, tal como eu, temos um anjo que nos acompanha e protege: o nosso Anjo Maria. :)
Descanse (finalmente) em paz."
quarta-feira, 28 de julho de 2010
O poder do exercício
A balança já o tinha avisado, as roupas também, o organismo idem, mas foi um espelho de uma conhecida loja de roupa que me "abriu os olhos". :P
Chegou a hora de fazer uma dieta saudável e recomeçar a fazer exercício físico!
É uma vergonha como uma garota de 26 anos está tão enferrujada no que diz respeito a esta matéria! Subir de um -1 a um 3º andar e ficar completamente de rastos está longe de ser motivo de orgulho, e chegou a altura de tomar medidas! (literalmente!!!)
A adolescência já passou, já não tenho os mesmos hábitos de alimentação (nessa altura comia como um "passarinho"), já não tenho educação física e dança 3 vezes por semana, já não ando obrigatória e diariamente 40 minutos por dia (escola/casa, casa/escola), é natural que o corpo não seja o mesmo, nem que se comporte da mesma maneira!
Surgiram os restaurantes buffets/ rodízios/ à descrição, o carro que já não deixa a menina andar a pé, etc etc etc. Enfim... desculpas.
Objectivo final - voltar aos 59/ 60kg e sentir-me melhor.
Chegou a hora de fazer uma dieta saudável e recomeçar a fazer exercício físico!
É uma vergonha como uma garota de 26 anos está tão enferrujada no que diz respeito a esta matéria! Subir de um -1 a um 3º andar e ficar completamente de rastos está longe de ser motivo de orgulho, e chegou a altura de tomar medidas! (literalmente!!!)
A adolescência já passou, já não tenho os mesmos hábitos de alimentação (nessa altura comia como um "passarinho"), já não tenho educação física e dança 3 vezes por semana, já não ando obrigatória e diariamente 40 minutos por dia (escola/casa, casa/escola), é natural que o corpo não seja o mesmo, nem que se comporte da mesma maneira!
Surgiram os restaurantes buffets/ rodízios/ à descrição, o carro que já não deixa a menina andar a pé, etc etc etc. Enfim... desculpas.
Objectivo final - voltar aos 59/ 60kg e sentir-me melhor.
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